Natalinas - All Star Eyelets Blking Red


200 e blau na Virus - http://www.lojavirus.com.br/tenis-converse-all-star-eyelets-blking-red,product,0001100612030,3.aspx

Natalinas - Kioskerman, Las Tiras de Eden.

Natalinas - Queer Beats, How the Beats Turned America On to Sex


Pra quem ainda acha que o movimento Beat foi um movimento machista.

Ta, eu sei que voce nunca achou isso. To falando com a maioria.

16 doletas na Amazon. - http://www.amazon.com/Queer-Beats-How-Turned-America/dp/1573441880

Natalinas - Print The Legend : Cinema Et Journalisme



Porque de Louco, Jornalista e Critico de Cinema todo mundo tem um pouco.

Por 80 Reazinhos na livraria da Travessa - http://www.travessa.com.br/PRINT_THE_LEGEND_CINEMA_ET_JOURNALISME/artigo/f870cff8-010a-4ec3-af5a-7f57988ff8a8

Natalinas - Mutual Appreciation


Na mao o DVD do malandro Andrew Bujalski, que vc conhece do Funny Ha Ha.

20 doletas no site oficial do filme - http://www.mutualappreciation.com/

Natalinas - Rhythm Thief


Matthew Harrison tem a manha. Cine indie americano circa 1995.

18 doletas na Kino - http://www.kino.com/video/item.php?film_id=916

Natalinas - Robert Frank: The Complete Film Works: Volume 1


Pull My Daisy, The Sin of Jesus, Me and My Brother numa caixinha bem bacana, que tal?

90 doletas na Amazon. - http://www.amazon.com/Robert-Frank-Complete-Works-Brother/dp/3865213650/ref=sr_1_11?ie=UTF8&s=books&qid=1260918119&sr=1-11

Natalinas - Innocent When You Dream: The Tom Waits Reader


Prefacio de Frank Black, dos Pixies.

Tom Waits por: Charles Bukowski, Elvis Costello e Jim Jarmush. Voce nao quer mais nada, ne?

13 doletas na amazon.com - http://www.amazon.com/Innocent-When-You-Dream-Reader/dp/1560256672/ref=sr_1_4?ie=UTF8&s=books&qid=1261099179&sr=1-4

Natalinas - Gatos e Mais Gatos


Edicao Portuguesa importada. Encontrada na Livraria da Travessa, RJ


Nunca gostei muito de gatos. Há qualquer coisa naquele modo de ronronar, de ser arisco, de prezar a independência acima de tudo, de muitas vezes “não conhecer o dono”, que me fazem olhá-los de esguelha e raramente ter o impulso de uma festinha sentida.
Contudo, ao ver “Gatos e mais gatos” (1967), da Prémio Nobel da Literatura (2007) Doris Lessing, decidi arriscar, sobretudo pela curiosidade em conhecer a escrita desta mulher nascida na Pérsia e que tem nos gatos referências de vida.
Como seria de esperar, o livro vive de descrições de estórias destes felinos domésticos (e até dos selvagens), desde as longas superfícies da África do Sul até ao mais modesto apartamento nos subúrbios de uma Londres decadente. Existem descrições pungentes do sentimento de culpa de matar gatinhos recém-nascidos devido ao elevado número da ninhada e à falta de donos, episódios de salvamentos de uma gata parideira soterrada aquando de uma forte chuvada em terras para além da metrópole do British Empire.
Sobretudo, Doris Lessing descreve com grande mestria as relações de domínio, dependência e subserviência que se estabelecem entre Gata Cinzenta e Gata Preta, a primeira sempre tratada com maior desvelo e complacência advenientes da culpa (de novo esse sentimento tenebroso assola a Autora, de jeito autobiográfico?) em ter-lhe sido usurpada a maternidade. Nos comportamentos das gatas, nas pequenas diatribes e nas mais clamorosas injustiças, revemos as relações humanas, a certeza de que a maior parte da interacção entre os homens se baseia em equilíbrios de poder. É essa a verdade nua e crua que a Autora nos oferece, assim como a sua preferência pelos animais. De facto, poucas vezes Doris se refere às pessoas, o que nos faz pensar que, apesar da crueldade de algumas atitudes das gatas, tal é preferível a enfrentar, reflectido nos outros, o género de que somos constituídos (medo, fuga de Lessing?).
A cerca de metade da narrativa, nota-se alguma perda de força, como se os gatos tivessem decidido esparramar-se num telhado aberto a um dia solarengo, exigindo do leitor um sacrifício acrescido que, no final, acaba por compensar.
Não me reconcilie com os gatos, porém, aprendi a ver neles pessoas em ponto pequeno. Para o bem e para o mal. Como sempre.


Via http://tretaseletras.blogspot.com/2008/06/doris-lessing-gatos-e-mais-gatos.html

Natalinas - Diarios de Bicicleta



Diários de Bicicleta
Autor: Byrne, David
Editora: Amarilys

Desde o início dos anos 80, David Byrne, vocalista da banda Talking Heads, tem usado a bicicleta como principal forma de locomoção em Nova York, cidade onde vive. Quando viaja ou sai em turnê, ele sempre leva consigo uma bicicleta dobrável. A princípio, tal decisão foi tomada por mera conveniência. No entanto, quanto mais cidades visitava, mais o músico se tornava adepto desse meio de transporte...

500 dias de Verão



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500 dias de Verão

A tradução literal do título do filme “500 Dias com Ela” seria “500 Dias de Verão”. A mensagem do filme “500 dias de Verão” é que nessa vida tudo passa. Para o carioca não. O carioca vive 500 dias de verão. A diferença é que, quando chega a estação propriamente dita, tudo passa mais rápido, tudo fica mais ofegante, abafado, feliz, a vírgula substitui o ponto, o ponto substitui o parágrafo e, no caso deste texto, papel e lápis substituem o notebook, que esquenta demais para ficar no colo nesta noite de 30 graus, para ser suporte de ideias de uma cabeça quente e desorganizada pronta para um choque de ordem, porque no verão tudo precisa de um choque de ordem, seja flertes que querem virar romances, seja o que fazer com o décimo-terceiro, ou com o coração em final de campeonato brasileiro, com o fígado em véspera de carnaval, com as resoluções de Ano Novo, pois tudo no verão oficial passa desorganizadamente como um bloco de sujos numa quarta-feira de cinzas, e quando o prefeito nos chama de bloco de sujos, nós tocamos o bumbo solitário de quem paga imposto mas fica sem luz no Leblon, sem luz na Tijuca, e exigimos em troca um choque de ordem nas instituições que são sustentadas por nós, mas esquecemos os nós que somos nós, e o quanto sós estamos nós, que desatar e reunir faria do nosso verão uma estação ainda melhor, ainda que um verão carioca organizado não seja, convenhamos, verão carioca de verdade, e que talvez o próprio carioca, se chocado e ordenado, seja menos carioca, e isso é lindo e péssimo, porque o calor que inspira os compositores de marchinhas é o mesmo que queima as obras de Helio Oiticica, que nos faz procurar as comfort parties, festas caras no meio da semana, sem filas e sem pegação, mas que nos deixa sem paciência para fazer coleta seletiva do lixo ou tomar conta da água parada nos vasos de plantas, o que esconde uma ainda mais grave visão superficial do que seja meio ambiente, como tenho discutido com meus alunos de Ensino Fundamental e Médio, quando fazemos uma limpeza geral na sala de aula antes da aula começar, porque a sala de aula é um ambiente a ser respeitado, e que temos que ter uma melhor relação ambiental com esses ambientes pouco lembrados, a sala de aula, a rua onde se mora, o bairro onde se vive, a praia que se frequenta, o ônibus da segunda-feira, o outro, sim, o outro consiste em um ambiente a ser cuidado com doçura e respeito e, principalmente, a si próprio, esse ambiente esquecido, a mente, a saúde do corpo, a pele da mocinha que neste momento dorme ao meu lado, com um poema do Leminski tatuado nas costas, “A noite me pinga uma estrela no olho e passa”, que de vez em quando vai a academia para manter-se bela, e lê Ana Cristina Cesar na varanda para ocupar a mente, ou o pelo, sem circunflexo, abre parênteses, a Língua é o ambiente que mais sofre com o impacto das ações do homem, fecha parênteses, pelo da gata vira lata que dorme de barriga pra cima no pé da cama e agradece o calor, pois gatos gostam de calor e são exemplarmente organizados, e por isso cariocas deveriam ser as tais gatas extraordinárias que andam no meio onde fluem, e que evoluem e que incluem a todos, simples assim, então nosso prefeito, satisfeito, poderia ocupar-se de impor choque de ordem em outras áreas urgentes, e então haveria o equilíbrio entre os bons selvagens cariocas que somos e os cidadãos de Estocolmo que pretendem que sejamos, então haveria afinal equilíbrio ambiental, o altinho liberado na beira da praia, a pipa dibicando no alto do morro da Mangueira imortalizando Oiticica, a piscina de plástico na laje de casa, o pisca-pisca sincretista das luzes de natal misturadas ao neon dos inferninhos de Copa, os blocos de sujos, esses nós do verão, e nós no verão.

A Educação Sentimental - Gustav F.





"Frédéric afirmava que a sua existência também tinha falhado.
Era muito jovem, no entanto. Porquê desesperar? E ela dava-lhe bons conselhos: «Trabalhe! Case-se!» Ele respondia com sorrisos amargos; porque, em vez de exprimir o verdadeiro motivo da sua mágoa, ele fingia outra, sublime, fazendo um pouco de «Antony», o maldito, linguagem, de resto, que não desnaturava completamente o seu pensamento.
A acção, para certos homens, é tanto mais impraticável quanto o desejo é mais forte. A falta de confiança em si próprios embaraça-os, o temor de desagradarem apavora-os; aliás, as afeições profundas parecem-se com as mulheres honestas; têm medo de ser descobertas, e passam a vida de cabeça baixa.
Embora conhecesse melhor a Senhora Arnoux (ou até por causa disse, talvez), ainda se sentia mais cobarde do que outrora. Todas as manhãs, jurava a si próprio que ia ser ousado. Um pudor invencível impedia-o; e não podia guiar-se por qualquer exemplo pois aquele era diferente dos outros. Pela força dos sonhos, tinha-a colocado acima da condição humana. Sentia-se, ao lado dela, menos importante na terra do que os fios de seda que se lhe escapavam da tesoura."





Em loop na cabeça, como uma musica que teima.