Crossmedia + Internet + Via Satélite + Bordão Popular + Querem extinguir o Locutor de Futebol

O fanfarrão Rodrigo Scarpa aparece no link ao vivo da Globo durante a transmissão do pré-jogo entre Brasil e Coréia do Norte durante passagem da ótima repórter Glenda Kozlowski, cita o bordão de Charles Wikipedia e mostra no fim uma sincera simpatia a Galvão Bueno, nosso Waldir Amaral moderno. Uma convergência midiática que reúniu fenômeno internet, TV ao vivo e cross espontâneo e sadio entre emissoras concorrentes.






O porquê do povo ter esquecido que bom locutor é aquele que dá graça ao espetáculo, é impulsivo, falastrão e exagerado, é um mistério explicado talvez apenas pelo viés da ignorância juvenil de que um locutor de Futebol (atenção, estamos falando de Futebol, Esporte, Entretenimento, Exagero, Paixão - não de CPI do Congresso) deve narrar um jogo como quem narra uma operação no mesocólon.

Então lembremos mestres locutores de futebol impulsivos, falastrões e exagerados. Que tanto fizeram por nosso futebol. Tanto transformaram jogos entediantes em partidas eletrizantes. Que, como diz o poeta Manoel de Barros, outro impulsivo, falastrão e exagerado: "A invenção é um negócio profundo. A invenção é um negócio que serve para aumentar o mundo."





O Cruel, muito cruel, Januário de Oliveira e o seu "tá lá o corpo estendido no chão!"




Lembrando que Nelson Rodrigues, no rádio, no meio da empolgação, já disse: "A seleção chuta por 100 milhões de brasileiros. E cada gol dela é feito por todos nós.” - Fosse hoje, essa garotada fascista do Twitter iria fazer churrasquinho de Nelson Rodrigues.





Tá na hora de inventarem o movimento Fala Galvão.





.

1982

Achei lá na 5a gaveta meu álbum chiclete ping pong de figurinhas da Copa de 1982.

Camisas chocantes, agasalhos de fuder, cortes de cabelo rock, barbas e bigodes indies, Iugoslávia unificada, seleção da União Soviética. E a garotada toda cheia de cárie.

Pra não esquecer.



















11 Heavy Things

A instalação da Miranda July passa o verão no coração de Manhattan.

É só chegar na Union Square e vestir a carapuça.